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domingo, 30 de dezembro de 2012

Índios GUARANI-KAIOWÁ pedem morte coletiva em carta aos juízes federais


Dia 9 de novembro houve atos de protesto em todo o país, contra a liminar da Justiça determinando a retirada do acampamento dos índios Guarani-Kaiowás da Fazenda Cambará, em Mato Grosso do Sul.
Ato de apoio a manutenção dos direitos garantidos na Constituição Federal de 1988 ocorreu também em Porto Alegre:

Trechos da carta dos Guarani-Kaiowás após receber uma ordem de despejo da Justiça Federal:

"Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.
(...)
Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação/extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais."

Há no país em torno de 45 mil Guarani-Kaiowá que vivem na maior parte em Mato Grosso do Sul, assolados pelos conflitos de terra com o agronegócio da região, mas também pelo alto número de suicídio entre jovens, decorrente da falta de perspectiva do seu povo.

Conforme o antropólogo e professor da UFRGS José Catafesto de Souza, estes índios vivem sendo aliciados para o trabalho na exploração da erva mate e da cana de açúcar.
Também existem inquéritos policiais em andamento sobre assassinato de lideranças Kaiowás. Conforme o senador João Capiberibe (PSB-AP), estes inquéritos não avançam em razão de divergências políticas.

"Não é possível que o Estado demarque as terras e fique pendente em alguma das instâncias judiciais e essas populações permaneçam em estado de conflito, como nós estamos vivendo aí", disse o senador João Capiberibe (PSB-AP). 

Confira o vídeo do ato ocorrido em Porto Alegre/RS dia 09/11/2012

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