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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Maior controle sobre hortifrutigranjeiros


Com o objetivo de obter algum tipo de fiscalização mais presente sobre a aplicação de agrotóxicos não autorizados na produção de hortifrutigranjeiros, foi assinado um termo de compromisso entre Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde, Ceasa, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Secretaria Municipal da Saúde e Centro Estadual de Vigilância em Saúde.
O Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, assinado por estas entidades, também visa controlar a incidência acima dos limites permitidos dos venenos que são lícitos no país. É uma iniciativa tímida, com quase nenhum destaque nos meios de comunicação, mas, de qualquer forma, trata-se de um avanço diante da farra do agrotóxico promovida pela nação brasileira.

Brasil lidera consumo de agrotóxicos no mundo


Fonte: www.diaconia.org.br
Quem afirma é o cineasta Silvio Tendler no documentário O Veneno Está na Mesa. O filme é uma forte denúncia sobre o domínio do mercado de sementes no país por seis ou sete empresas de agrotóxicos.
E a influência dessas empresas sobre o sistema de financiamento aos
pequenos agricultores. O documentário contém dados alarmantes sobre a permissividade do Brasil no uso de agrotóxicos proibidos há décadas nos EUA e na Europa, por exemplo. É de fato um tema pouco debatido, porém vital como o prato de comida na sua mesa. É um problema de saúde pública.

Do Correio do Povo
18.03.2012

“(...)Com pouco mais de 6 mil habitantes, Progresso, no Vale do Taquari , figurou, no ano passado, como o terceiro município da lista de Notificações de Acidentes de Trabalho por Intoxicação com Agrotóxicos do Ministério do Trabalho. Do total de 674 registros, 13 ocorreram na cidade gaúcha, que fica atrás de Maceió, em Alagoas, com 16 notificações, e de Paulo Frontin, no Paraná, com 20. A fumicultura é a base da economia de Progresso, envolvendo 85% das famílias(...)”

Por que se vende tanto VENENO aqui?

Fonte: www.fenatracoop.com.br

Trecho do texto: Agrotóxicos estão matando produtor rural

 “(...)O Brasil tornou-se um local de desova da sucata tecnológica desenvolvida pelo Primeiro Mundo chamada agrotóxico. Com a aprovação da ISO 14.000 os países do Primeiro Mundo cristalizam barreiras comerciais aos produtos com resíduos de agrotóxicos. E por isso se vende tanto veneno aqui. A mudança que está ocorrendo no planeta, porém, não altera o jogo do poder. Conforme assinala documento de dezembro de 1995 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, o mundo está saindo para um nova "revolução verde", que de verde não tem nada. Entra a engenharia genética, a biotecnologia na história. Antes o produtor rural era dependente de sementes, fertilizantes químicos, agrotóxicos e banco; a chegada da engenharia genética, mantém a dependência. Ao invés dos agrotóxicos, vêm o controle biológico, as plantas engenheiradas, os animais transgênicos, mas os donos são os mesmos. A aprovação da Lei de Patentes nesta Casa, com ovinos obedecendo ao mando dos Estados Unidos, com um presidente apático, mudo, fez com que a biodiversidade brasileira fosse entregue aos norte-americanos, cristalizando assim a nova fase da "revolução verde". O produtor vai ter que pagar para usar a semente de milho que colher na sua roça (...)”

Acompanhe este discurso de 1996 no site: www.preservacaolimeira.com.br

Cultivos tradicionais nas regiões de origem para reforçar a segurança alimentar


No Peru, a experiência do “Parque da Batata”, como um exemplo do emprego de novas técnicas aliadas aos conhecimentos tradicionais para preservar as espécies nativas e reforçar a segurança alimentar, tem contribuído também para o debate sobre o tema.

O Parque de La Papa Peruana está localizado nos arredores da aldeia de Pisac, no Vale Sagrado dos Incas.

Criado em 1998 pelas comunidades indígenas, possui dez mil hectares destinados a preservar cerca de 5.000 variedades do tubérculo. No local há atividades de agro-ecoturismo e educação ambiental como alternativa de renda e sociabilização do conhecimento desse cultivo que remonta oito mil anos.


Experiências semelhantes ocorrem em várias partes do mundo: Índia, México, Vietnam, etc.
A Turquia, situada no chamado berço da agricultura (região conhecida como Crescente Fértil), também realiza programas de proteção aos cultivos tradicionais na sua região de origem.

Segurança alimentar no Brasil, assista: http://www.youtube.com/watch?v=WY14t0c835E

Fundo de crédito para financiar recuperação de áreas de proteção permanente (APP) é pouco divulgado

Segundo a engenheira agrônoma Léa Vaz Cardoso, assessora do Instituto Socioambiental ISA, estão disponíveis cerca de R$ 500 milhões para iniciativas verdes na agricultura, mas parte do recurso está ocioso por falta de projetos. Parece que eu já vi esse filme! E você?

Projeto é exemplo de cidadania e sustentabilidade


“Plantando alternativas, gerando sustentabilidade” é um projeto idealizado pela COOPSUL, com patrocínio da Petrobras. O objetivo é desenvolver ações de inclusão social, através da solidariedade e de alternativas sustentáveis de geração de renda e oportunidade de trabalho. Além disso, criar um trabalho em Rede e possibilitar a inserção do projeto como ferramenta social a ser multiplicado nas comunidades.”

Curso de Hidroponia na COOPSUL


“Por um Mundo livre de agrotóxicos, transgênicos e latifúndios, a primeira Horta Hidropônica do Brasil em terraço urbano está localizada na sede da comunidade. A horta nasceu após as reformas do prédio. As banheiras do prédio, que ficaram em desuso, foram utilizadas como canteiros e composteiras. Hoje, uma estufa coberta é utilizada para desenvolver diversas espécies de vegetais, frutas, temperos e  ervas medicinais, sem agrotóxicos. Os alunos do curso de hidroponia têm a oportunidade de aprender sobre a produção de alimentos orgânicos: da germinação da semente à colheita. O debate sobre o meio ambiente, alimentos, saúde e direito à cidade e urbanidade estão na pauta deste núcleo.”

Mais informações sobre este e outros cursos promovidos pela Coopsul – Cooperativa Mista e Solidária Utopia e Luta, entre em contato:

E-mail: coopsulrs@gmail.com
Fones: 3211-2248 / 8485-7703 (Marcelo) / 8484-7908 (Anna)

Acesse o site do Centro de Inteligência em Orgânicos

Falando em orgânicos, acesse o site do CI - Centro de Inteligência em Orgânicos
http://www.ciorganico.agr.br/o-projeto/apresentacao/


domingo, 30 de dezembro de 2012

Livro: História do Caminho de Peabiru, de Rosana Bond



“(...) A verdadeira história do Peabiru, segundo estudiosos ainda é um mistério, uma das teorias mais aceitas é que o caminho é a menor e melhor rota entre os oceanos Atlântico e Pacífico, tendo um importante papel no intercâmbio cultural e na troca de produtos entres as nações indígenas. Dizem ainda que foi aberto pelos guaranis em busca constante de uma mitológica "Terra sem Mal", aconselhados pelos seus deuses - base da religião guarani (...)”.

Leia na íntegra: www.caminhodepeabiru.com.br

Amazônia internacionalizada: o mercado de almas selvagens (Matéria Revista RollingStone)



“Missionários cristãos investem pesado na evangelização dos índios brasileiros com métodos ortodoxos, investimento internacional e persistência messiânica(...)”

Leia a matéria na íntegra:

O que o bonde da presidenta Dilma está esperando!?

Do Correio do Povo
13.11.2012

FALTA ATENÇÃO ÀS ENERGIAS RENOVÁVEIS

Segundo um relatório elaborado por um grupo de organizações não governamentais que acompanham o setor energético, o potencial produtivo do país tem sido negligenciado quando se trata de energias solar e eólica. A conclusão está no estudo intitulado “O setor elétrico brasileiro e a sustentabilidade”, divulgado nesta segunda-feira. O texto assegura que, com as tecnologias avançadas atualmente disponíveis, seria perfeitamente possível atender a 10% da atual demanda por energia, sendo a captação para tanto realizada em menos de 5% da área urbana do país. O potencial inexplorado da energia dos ventos é hoje de 300 gigawatts (GW), o que equivale a três vezes a capacidade instalada atualmente.


Para o geógrafo Brent Millikanm, diretor de uma das ONGs envolvidas com a elaboração do levantamento, é preciso mudar as premissas atuais que orientam os investimentos, com critérios baseados apenas no Produto Interno Bruto (PIB). Ressaltou que deve-se considerar variáveis que englobem questões sociais e ambientais, além de direcionar investimentos para a inovação tecnológica e ampliar a escala de produção de energias alternativas, abrindo um leque que ultrapasse as fontes convencionais. Isso não significa, de forma alguma, abrir mão da eficiência, que é decisiva para aumentar a competitividade da indústria, sendo possível aliar qualidade e quantidade na produção industrial.

O Brasil gasta em torno de 7 bilhões de dólares com energias limpas por ano. No mundo, esse valor chega a 237 bilhões anuais, superando o montante alocado para a construção de novas usinas movidas a combustíveis fósseis. Há um espaço para que essas fontes não poluidoras possam, no futuro, vir a ser opção real para fornecer a energia de que o planeta precisa sem que isso implique um custo demasiado alto para a natureza. Para isso, é preciso que o governo e iniciativa privada apostem na viabilidade dessas novas e promissoras matrizes energéticas. 

Em boa hora


A trágica estatística de acidentes nas estradas e o meio ambiente agradecem estudos como os que estão sendo realizados pelo Ministério dos Transportes sobre a viabilidade dos trens de passageiros em 64 pontos em todo país. Em boa hora, já que o início do desmonte da malha ferroviária lá nos anos de 1950, como todos sabem, significou um retrocesso do Brasil perante até mesmo os países vizinhos na América do Sul, muito mais avançados neste modal como meio de transporte de carga e passageiros.

Na Região Sul há trechos de estudo no Rio Grande do Sul e no Paraná. No RS os trechos entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves e Pelotas ao Porto de Rio Grande. No Paraná, o trecho entre Maringá e Londrina é que está sendo estudado para trens de passageiros. Serão 64 pontos de estudo de viabilidade em todo o país, no modelo de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Se estes estudos forem levados adiante será uma batalha vencida contra a estupidez e em benefício da população.

Na sociedade da OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA


O E-LIXO representa uma parte chave do problema ambiental em que nos vemos envolvidos, quer queiramos ou não. O que fazer com o telefone celular em desuso? E com as pilhas, baterias e telas de computador e televisores?
Se você mora em Porto Alegre/RS e produz lixo apenas em escala familiar, estes são alguns locais de coleta:

Glória  DMLU – Capatazia da Glória – Rua Carvalho de Freitas, 1012
Seção Norte– Travessa Carmen nº 111 – Telefone: 3268.8330
Procempa  Av. Ipiranga nº 1.200 – Telefone: 3289.6163
Capatazia do Gasômetro Av. João Goulart nº 158 – Telefone: 3224.9724

Através do telefone (51) 3469-0906 o comércio e indústria podem receber maiores orientações.

O documentário The Light Bulb Conspiracy, de Cosima Dannortzer,  mostra o lobby criado no início do século XX para tornar a invenção de Thomas Edison um produto menos durável e, portanto, mais lucrativo para um pequeno número de famílias. É o pioneirismo do que hoje se chama 
de obsolescência programada. O sumo da ideologia 
vigente no século XXI: use e descarte.



Trailer do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=251qoGOqpdk



As potências econômicas despejam grande parte do seu e-lixo em países africanos e asiáticos, danificando o meio ambiente e a saúde dessas populações. Inclusive com a utilização de trabalho infantil!!!

Fonte: www.cienciahoje.uol.com.br
No Brasil, a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, depois de 19 anos, representa um enorme avanço em relação à logística reversa. Por outro lado, não existe perspectiva de mudança nos modos de produção de forma a reverter ideologicamente o conceito de obsolescência programada. A regra é você comprar uma camiseta para durar um verão e um telefone celular que dure o tempo da garantia. Quando ele estraga, é claro, sai mais em conta comprar um novo modelo.
A única solução seria uma mudança nessa cultura de que os produtos devem ser descartáveis. Somente uma cobrança por qualidade e durabilidade que venha do CONSUMIDOR poderia iniciar a reverter este quadro.

Confira um trecho da POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS sobre LOGÍSTICA REVERSA
(...)
§ 2o  A definição dos produtos e embalagens a que se refere o § 1o considerará a viabilidade técnica e econômica da logística reversa, bem como o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. 
§ 3o  Sem prejuízo de exigências específicas fixadas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS, ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos a que se referem os incisos II, III, V e VI ou dos produtos e embalagens a que se referem os incisos I e IV do caput e o § 1o tomar todas as medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de logística reversa sob seu encargo, consoante o estabelecido neste artigo, podendo, entre outras medidas: 
I - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; 
II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis; 
III - atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nos casos de que trata o § 1o
§ 4o  Os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que se referem os incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objeto de logística reversa, na forma do § 1o
§ 5o  Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos ou devolvidos na forma dos §§ 3o e 4o
§ 6o  Os fabricantes e os importadores darão destinação ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo órgão competente do Sisnama e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. 
§ 7o  Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens a que se refere este artigo, as ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes. 
 (...)

Documentário Terra Vermelha


Obra do cineasta ítalo-chileno Marco Bechis, o filme-documentário retrata os conflitos pela posse de terras enfrentados por índios guarani kaiowá no Mato Grosso do Sul

Fonte: Planeta Sustentável 12/2008 - http://planetasustentavel.abril.com.br - Autores Felipe Milanez e Mônica Pileggi


Índios GUARANI-KAIOWÁ pedem morte coletiva em carta aos juízes federais


Dia 9 de novembro houve atos de protesto em todo o país, contra a liminar da Justiça determinando a retirada do acampamento dos índios Guarani-Kaiowás da Fazenda Cambará, em Mato Grosso do Sul.
Ato de apoio a manutenção dos direitos garantidos na Constituição Federal de 1988 ocorreu também em Porto Alegre:

Trechos da carta dos Guarani-Kaiowás após receber uma ordem de despejo da Justiça Federal:

"Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.
(...)
Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação/extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais."

Há no país em torno de 45 mil Guarani-Kaiowá que vivem na maior parte em Mato Grosso do Sul, assolados pelos conflitos de terra com o agronegócio da região, mas também pelo alto número de suicídio entre jovens, decorrente da falta de perspectiva do seu povo.

Conforme o antropólogo e professor da UFRGS José Catafesto de Souza, estes índios vivem sendo aliciados para o trabalho na exploração da erva mate e da cana de açúcar.
Também existem inquéritos policiais em andamento sobre assassinato de lideranças Kaiowás. Conforme o senador João Capiberibe (PSB-AP), estes inquéritos não avançam em razão de divergências políticas.

"Não é possível que o Estado demarque as terras e fique pendente em alguma das instâncias judiciais e essas populações permaneçam em estado de conflito, como nós estamos vivendo aí", disse o senador João Capiberibe (PSB-AP). 

Confira o vídeo do ato ocorrido em Porto Alegre/RS dia 09/11/2012