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domingo, 28 de julho de 2013

AMIANTO

O amianto começou a ser utilizado no século XIX como isolamento térmico para equipamentos, durante a Revolução Industrial, e tem o seu auge no século XX.
A exposição ambiental a este mineral fibroso afeta principalmente os pulmões e a pleura (membrana de revestimento do pulmão), e é causa de uma em cada três mortes por câncer ocupacional no Brasil. Apesar disso, é praticamente nula esta informação nos laudos médicos brasileiros do século XX, facilitando assim os interesses econômicos advindos desta matéria-prima.

Imagem do site: www.tst.jus.br
O município de Minaçu (Goiás) possui a maior mina de amianto do Brasil (terceiro maior produtor mundial), administrada pela Sama, propriedade da Eternit.
Na Itália, o suíço Stephan Schmidheiny, sócio da Eternit Itália, foi julgado pela morte de mais de 3 mil pessoas devido à contaminação pelo amianto, juntamente com o belga Jean-Louis Marie Ghislain de Cartier de Marchienne, ex-sócio e falecido pouco tempo antes da sentença inédita, que vai de 16 a 20 anos de prisão. Além disso, pesam indenizações de 30 milhões de euros para a cidade de Casale Monferrato, que foi mais afetada, e outros 20 milhões para a região de Piemonte.

Na América do Sul, nossos vizinhos Uruguai, Chile e Argentina já possuem legislação proibindo a produção e uso do amianto, juntamente com outros mais de sessenta países no mundo – notadamente a União Europeia. Ao contrário do Brasil que tropeça em iniciativas semelhantes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) denominam como “catástrofe sanitária do século XX” a gravidade do quadro epidêmico gerado pela cadeia do amianto.
Por volta de 50% das residências no território brasileiro são cobertas por telhas com fibrocimento com amianto. A utilização do mineral, porém, está vinculada a cerca de 3.000 produtos ligados à construção civil e à cadeia automotiva. O setor do amianto movimento cerca de R$ 3,1 bilhões anuais.
Alguns dos expoentes do grupo de parlamentares e senadores goianos, a chamada Bancada da Crisotila, que procura evitar o debate nacional, está Demóstenes Torres, o deputado Carlos Leréia e o governador Marconi Perillo.


Estima-se que cerca de 130 milhões de trabalhadores no mundo estejam expostos aos efeitos cancerígenos do amianto, além de uma estatística da OMS e da OIT, que dá conta de 107 mil trabalhadores mortos anualmente em função da exposição ao mineral.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O que Ciclistas, Macacos Urbanos e uma Reserva Natural têm em comum? Responde aí no fim da leitura

Texto do colaborador Celso Alegransi - Historiador

Parque estadual de Itapuã: Unidade de conservação no município de Viamão (já pertenceu a Porto
Alegre). Tem várias praias, mas somente algumas são liberadas no verão (lotação máxima de 350 pessoas). Uma das mais belas praias (que não tem entrada liberada nem no verão) já foi uma das partes mais urbanizadas de Itapuã, sendo o local de residência de cerca de quatro mil pessoas (atualmente Itapuã – que é um distrito de Viamão – tem cerca de mil habitantes). A vila que se formou ali foi removida quando a região foi considerada Unidade de Conservação da Natureza em 1991. No parque é possível contemplar uma das raras paisagens originais da região. E não é só isso. A fauna original também está preservada com a criação desde a criação do parque. Olha só o que pudemos contemplar no último domingo:

 Jaguatirica. Considerada espécie em perigo por algumas entidades de proteção dos animais
Programa Macacos Urbanos: Criado há 20 anos pelo pessoal da UFRGS; realizam pesquisas científicas e ativismo político a fim de preservar o Bugio Ruivo em seu habitat natural (algumas áreas da região metropolitana de Porto Alegre). O mencionado habitat é constantemente ameaçado por ocupações (regulares e irregulares), extração de saibro, terra fértil, granito, queimadas, dentre outros problemas.
Ciclistas: Pessoas que locomovem-se num veículo de duas rodas, não poluente, tração humana através um tipo de alavanca chamada pedais. Quando essas pessoas decidem usar esse meio de transporte em trilhas no meio do mato, são chamados trilheiros.

Resumo da obra: No último domingo, 14 de julho de 2013, foi realizado um passeio ciclístico no Parque Estadual de Itapuã em comemoração aos 20 anos do Programa Macacos Urbanos. Sempre com a presença de pessoas do parque (diretores, monitores, seguranças, etc.), passeamos por algum tempo dentro do parque, inclusive em áreas nas quais não é permitido ninguém chegar perto (a não ser pesquisadores e pessoas do parque). Mata primária nativa, paisagens fantásticas – digna de serem chamadas de paradisíacas, animais silvestres ("exóticos" para o público urbano), ar puro e o prazer de pedalar. Ah! Quase esqueci: ainda ganhamos uma camiseta comemorativa. Tudo isso numa manhã de domingo. 

Abaixo uma foto minha com os amigos mais próximos (foi bem mais gente do que os que estão na foto).

Bem, creio que agora a pergunta do título já pode ser respondida. 



quinta-feira, 18 de julho de 2013

40 Anos do Parque Estadual de Itapuã (Viamão-RS)

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, no mês de julho, desenvolve ações comemorativas aos 40 anos do Parque Estadual de Itapuã, em Viamão- RS.
Com entrada gratuita durante todo mês, estão entre as atividades na unidade de conservação: 2º Feira Ambiental, passeio ciclístico, ações de educação ambiental e atividades culturais variadas, trilhas e artesanato indígena. No último domingo, em solenidade na Praia das Pombas, foi lançado o selo alusivo aos 40 anos do Parque. Entre outras praias do Parque Estadual de Itapuã estão a Praia do Tigre e a Praia de Fora – além das ilhas: Ponta Escura, do Junco e ilha das Pombas.

Constituído por decreto em 1973, o Parque recebe investimentos advindos de medidas compensatórias desde 2012. A unidade de conservação compreende uma área (5.566,50 hectares) de morros, praias, lagoas, dunas e banhados; entre sítios arqueológicos, a fauna e a flora preservados em plena região Metropolitana de Porto Alegre.

olhares.uol.com.br / diariogaucho.clicrbs.com.br / semanadoservidor.rs.gov.br / popa.com.br

Resolução Conama Nº 457 – Uma Porta Aberta para o Tráfico de Animais? / 274 Espécies com Risco de Extinção no RS

Causa polêmica a Resolução Conama No. 457, que dispõe sobre o depósito e a guarda provisória de animais silvestres apreendidos ou resgatados por órgãos ambientais – e também aqueles recolhidos de forma espontânea.
A Resolução permite a qualquer cidadão brasileiro ter a posse de até 10 animais apreendidos ou resgatados, desde que longe do seu habitat natural.
O Conselho Federal de Biologia (CFBio) afirma que esta medida trará insegurança jurídica, e vai desestimular a criação legal de animais em cativeiro.
Acredita-se que a medida venha para desobrigar o governo da ampliação e da qualificação dos CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres), com capacidade atualmente de apenas 5% da demanda de animais recolhidos.

274 Espécies com Risco de Extinção no RS

A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) realiza uma consulta pública para avaliar as espécies mais ameaçadas no RS. Entre três níveis (vulnerável, em perigo e criticamente em perigo) são 274 espécies e 11 já extintas. Entre as espécies ameaçadas estão aves nativas, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes de água doce.

www.ecoloja.com.br / www.terra.com.br / www.avesderapinabrasil.com 
Entre estas: Lobo-guará; Cuíca-lanosa ou Gambazinho; Tamanduá-bandeira; Tamanduá-mirim; Morcego-borboleta-avermelhado; Lagartinho-pintado; Gavião-cinza, Águia-chilena; Corruíra-do-campo; Patativa, etc.

 A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) aceita contribuições da população sobre espécies em extinção: www.fzb.rs.gov.br