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sábado, 16 de novembro de 2013

O PIB Verde e uma das Bicicletas mais caras do mundo



Imagem de massacriticarg.wordpress.com
A necessidade de um indicador de sustentabilidade vem sendo uma reivindicação internacional. Esse foi o tema central da 2º Rio Climate Challenge, uma conferência promovida pelo Instituto OndAzul, que ocorreu entre final de outubro e início de novembro. O chamado PIB Verde é uma ideia lançada pela ONU na Rio+20 em 2012. Funcionaria como um indicador de sustentabilidade refletindo a riqueza real dos países e a capacidade de crescimento destes, considerando os seguintes fatores:

  • Recursos naturais;
  • Educação;
  • Qualidade de vida da população.
Considerar estes três fatores como pilares de desenvolvimento (real) das nações, é mais uma ideia acertada da ONU. Uma ideia. Na prática, tais indicadores operariam sobre as políticas públicas dos países com a mesma ineficácia de outros processos guiados pela ONU como o Protocolo de Quioto ou o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TPN) – este último assinado por 189 países.

No Brasil, um caso isolado em cima de uma notícia dessa mesma semana. Enquanto as manifestações de junho ainda retumbam nos ouvidos do “Gigante”, um levantamento da Consultoria IHS Automotive no Brasil constata que o imposto sobre o transporte de bicicleta é 40,5%, em média, contra 32% para carros. No caso do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): a alíquota do tributo federal é de 3,5% para carros populares contra 10% para bicicletas (incluindo toda a cadeia: peças, matéria-prima, etc.)
É um dado bastante sintomático. Interessante.
Mobilidade urbana, que é um dos fatores determinantes para a qualidade de vida da população, só ganhou relevância no Governo Federal, ainda que por motivos eleitoreiros, após as manifestações de junho. As ruas já deram o recado: não são “apenas” os 20 centavos da passagem do “busão”. O buraco é muito mais embaixo. Não há investimento, por exemplo, em ciclovias conectadas, permitindo o trajeto efetivo de trabalhadores e estudantes nos grandes centros urbanos do país.
 Em 2014, quem sabe, veremos cartazes nas manifestações reivindicando ciclovias e redução de impostos para as bikes.

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