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sábado, 12 de outubro de 2013

Setembro Queniano: antes da tragédia, a descoberta de importantes Reservas Subterrâneas de Água

O atentado de 21 de setembro ao shopping Westgate, em Nairóbi, capital do Quênia, reivindicado pelo grupo islâmico somali Al-Shabaab, em represália pela presença de militares quenianos na Somália, colocou o país africano nos noticiários internacionais. Não é para menos: o saldo é de 67 mortos e 39 desaparecidos.

Apesar da tragédia, no mesmo mês de setembro, antes do atentado, o Governo do Quênia e a UNESCO anunciaram descoberta de reservas subterrâneas de água que, estima-se, poderá abastecer a população do Quênia, fustigada por constantes secas e privações deste recurso, pelos próximos 70 anos.

© UNESCO/Nairobi Office
Os aqüíferos Lotikipi (200 mil milhões de metros cúbicos) e Lowar (10 mil milhões de metros cúbicos) estão localizados na região semidesértica do candado de Turkana (norte do Quênia e divisa com a Etiópia). A população desta região, sofrendo com a seca há cerca de dois anos, reserva uma triste estatística de 37% de desnutridos, conforme a UNESCO, e cerca de 28 milhões de pessoas sem acesso à água potável e ao saneamento básico.

O mais triste de tudo, é que em certas regiões do nosso Brasil de recursos abundantes (recursos naturais e recursos financeiros) estes números se equiparam vergonhosamente. Para isto, basta confrontar os dados da pesquisa IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) 2013 com o PIB do país. Ou fazer um “turismo” na favela mais próxima.

As palavras do ministro do Ambiente queniano, Judi Wakhungu, também servem para nós brasileiros: “Agora temos que explorar estes recursos de uma forma responsável e garantir sua duração para as gerações futuras.” O que em outras palavras quer dizer sem intervenções.

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