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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Tratamento de Esgoto com Raízes já é realidade nos municípios de Nova Hartz e Novo Hamburgo–RS

Imagem de http://3gestaoambiental-unisantos.blogspot.com.br
Wetlands (ecossistemas parcialmente ou totalmente inundados durante o ano) ou Zona de Raízes são baseadas nos sistema dos pântanos, onde as plantas agem como esponjas (retendo as impurezas) e injetando oxigênio no esgoto. O sistema, porém, não dispensa o tratamento primário com fossas sépticas e são mais adaptáveis às pequenas comunidades rurais ou urbanas e ecovilas de no máximo 2 mil habitantes.

Num país como o Brasil, que prioriza estádios de futebol ao saneamento básico universalizado (consequências: maiores gastos com saúde pública e baixa qualidade de vida para a população, etc.), este tipo de iniciativa descentralizada é bastante relevante. Além do mais, ao contrário das estruturas de tratamento tradicionais que geram resíduos tóxicos e custos elevados, as wetlands ou zona de raízes são uma excelente alternativa por diversos motivos.

Alguns dos benefícios:
  • Evita contaminação do solo.
  • Ausência de resíduos tóxicos.
  • As raízes eliminam o mau cheiro.
  • Baixo custo.
  • Pouca manutenção
  • Cada estação tem vida útil de aproximadamente 40 anos.
  • Estética visual – paisagismo.
Como acontece na Europa, onde o sistema é largamente difundido, alguns municípios brasileiros merecem atenção dos demais. O destaque aqui vai para Nova Hartz e Novo Hamburgo –RS.

Nova Hartz: com problemas estruturais de saneamento básico comum a maioria dos municípios brasileiros (a Corsan trata apenas 13% do esgoto gerado no município), Nova Hartz traz a experiência descentralizada de tratamento de esgoto com filtro de raízes desde 2006. A escola José Schmidt, no Arroio da Bica, recebeu o projeto piloto, e outros pontos estratégicos vem sendo implantados de lá pra cá. O poder público local busca incentivar mutirões para construção de “pequenos jardins filtrantes” nas comunidades.

Novo Hamburgo: o município, em convênio com a Feevale, a Comusa e a empresa espanhola Macrofitas SL, testa o uso da tecnologia Hidrolution FMF (Filtro de Macrófitas Flutuantes). A estação piloto fica no bairro Canudos e a tecnologia espanhola em questão é diferenciada de outros tipos de tratamento de esgoto com raízes, pois emprega balsas para promover a flotação das plantas. Typha dominguense é a planta que se entrelaça formando o filtro suspenso que, através da diferença de pressão isostática, faz chegar o oxigênio ao esgoto através das folhas e raízes.
O município de Novo Hamburgo, assim como Nova Hartz, pretende investir para expansão desta tecnologia sustentável como forma de enfrentar os problemas estruturais de tratamento de esgoto comuns aos municípios brasileiros. 

Fonte: Arquivo AmbienteMaiss



2 comentários:

  1. Parabéns pelo post! Desenvolvo um projeto de um parque para minha cidade, e o terreno é atravessado por um rio poluído por esgoto doméstico.. vocês sabem como adaptar oum sistema parecido com o de Nova Hartz? Obrigada! gabriela.tr.arq@gmail.com

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