Evento ofuscado pela Copa do Mundo de 2014 a primeira Assembléia Ambiental das Nações Unidas (Unea, na sigla em inglês) ocorreu com o objetivo anunciado de incentivar a “economia verde”; combater a caça ilegal de animais e a poluição marinha, entre outros temas. De 23 a 30 de junho a capital queniana sediou o evento que pretende, conforme os organizadores: “influenciar a ação política sobre temas ambientais, variando do consumo à produção sustentável, e financiando a economia verde, a repressão ao comércio ilegal de animais selvagens e a regulamentação de leis ambientais.” A Unea surgiu como sugestão da Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada há dois anos no Rio de Janeiro.
Um Canal de compartilhamento sobre temas SOCIOAMBIENTAIS - E-mail: ambientemaiss@gmail.com
Select language
quinta-feira, 3 de julho de 2014
sexta-feira, 20 de junho de 2014
16º FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E VÍDEO AMBIENTAL (FICA) PREMIA DOCUMENTÁRIO ALEMÃO: METAMORPHOSEN
O Festival goiano premiou o longa alemão que retrata os efeitos do acidente nuclear de 1957, na central nuclear Mayak, em Chelyanbinsk Oblast, no sul da Rússia. Metamorphosen mostra um dos lugares mais contaminados do planeta. Longos silêncios de desolação, depoimentos de sobreviventes, fazem do filme de Sebastian Mez mais um grito de alerta sobre o horror nuclear.
O encerramento do festival ficou por conta da banda Nação Zumbi.
Trailer do filme Metamorphosen: http://vimeo.com/58106803
Site do Festival: http://fica.art.br/
quinta-feira, 5 de junho de 2014
VERDE-MUSGO – Confissões de um Ecoguerrilheiro - Entrevista com o autor do livro, Rico Fardin
Entrevistamos José Henrique Fardin (Rico), autor de VERDE-MUSGO – Confissões de um Ecoguerrilheiro, livro de ficção sobre a vida de um jovem guerrilheiro verde.
O livro foi lançado em 2010, de forma independente pelo autor.
O livro foi lançado em 2010, de forma independente pelo autor.
"Aquecimento global, poluição, desmatamento, extinção das espécies... Qual atitude ter ante o anunciado cataclismo ambiental?
A maioria dá as costas ou leva uma vida mais ecologicamente correta para amenizar a culpa. Alguns, porém, entendem que a Terra não pode esperar pela elevação da consciência do homem, por isso deflagram uma verdadeira guerrilha ambiental contra todos os agentes poluidores. Para um ecoguerrilheiro, não há tempo para protestos, abaixo-assinados virtuais ou denúncias em órgãos públicos, muitos deles corruptos. Para um ecoguerrilheiro, é tempo de batalha."
ENTREVISTA:
AmbienteMaiss: Este é
o seu segundo livro publicado. Qual o ponto de conexão entre “Verde Musgo
Confissões de um ECOguerrilheiro” e “A Compaixão Pelo Rato - Romance sobre o
Tibete”, publicado em 2008, ambos de forma independente?
José Henrique Fardin: É paradoxal, pois ambos guardam uma
distância muito grande um do outro ao mesmo tempo em que possuem o mesmo
sentimento de comprometimento com certas causas que seus personagens expressam.
Te diria então que o ponto de conexão entre eles está na obstinação de seus
personagens, o que acaba sendo a base da trama em cada um deles.
AmbienteMaiss: Por que
a opção de publicar independente, e não por uma editora?
José Henrique Fardin: Porque filho meu cuido eu, não sei se me
entende. Além disso, é uma ilusão do escritor achar que ele dependente de
editoras para publicar seus livros. É mais trabalhoso publicar de forma
independente, mas plenamente possível.
AmbienteMaiss: Como
surgiu o interesse pela questão ambiental?
José Henrique Fardin: Minha experiência com a questão ambiental
vem desde criança, mais precisamente desde que me apaixonei pela natureza. Minha
ecoguerrilha fica adstrita à escrita, a qual, aliás, me salvou de um sofrimento
horrível que eu sentia em face da destruição da Terra. Escrever esse livro foi
libertador. Ele me alçou a um patamar interior mais confortável, de maior
compreensão sobre o que realmente está acontecendo e isso me acalmou muito.
AmbienteMaiss: O que está acontecendo então na sua visão?
José Henrique Fardin: Um
processo absolutamente normal e, até certo ponto esperado, na relação histórica
entre a humanidade a o planeta Terra. Observe os estágios da relação entre um
filho e uma mãe e você verá que está acontecendo exatamente o mesmo entre o ser
humano e a Terra. Um bebê suga a mãe sem
qualquer preocupação consciente de retorno. Uma criança quase sempre quer impor
sua vontade sobre a da mãe. Vejo que a humanidade está na fase do despertar da
adolescência responsável madura, começando a agir com maturidade e respeito,
rumo a um comportamento adulto que fará de tudo para proteger a Terra. Tal como
nós, adultos, com relação aos nossos pais, numa clara inversão de papéis. Mas
isto ainda num futuro distante. Ainda haveremos de sugar muito a Terra. O
processo de regeneração já começou, mas como tudo em termos macros, levará
décadas e décadas para revertermos o quadro até que a Terra comece a ganhar
mais do que perder. Por isso, não devemos nos culpar demasiadamente porque somos
adolescentes sem muita consciência.
AmbienteMaiss: Uma
humanidade púbere?
José Henrique Fardin: Sim, ela é. Mas não me agrada esse pensamento
que demoniza o ser humano e o vê como uma verdade praga no mundo. Afinal, de
quem é a culpa por existir 7 bilhões de pessoas que querem comer, se vestir,
viajar, comprar um presente, etc? Ninguém conseguirá apontar um culpado.
AmbienteMaiss: Verde
Musgo – Confissões de um ECOguerrilheiro retrata um personagem obcecado pela
salvação do planeta, por justiça ambiental. O personagem principal acaba por
encontrar em Carolina, uma dançarina as voltas com raves e drogas sintéticas,
um novo sentido na vida. Mas essas coisas não se encontram desconectadas.
Fale-nos sobre essa suposta “contradição”.
José Henrique Fardin: Essa aparente contradição é justamente a
tensão da trama, mas ela cessa ao final quando certas verdades sobre Carolina
são descobertas por Verde Musgo. Isso lhe permite uma compreensão maior sobre
sua obsessão por uma garota que a seus olhos se parece uma verdadeira Chernobyl
ambulante.
AmbienteMaiss:
Ecoguerrilha é o mote do livro. Que tipo de “ecoguerrilha” você, como advogado
e escritor, considera viável?
José Henrique Fardin: Esta é uma questão subjetiva. Cada um deve
saber como agir diante desta problemática. Vai muito da importância que cada um
dá ao planeta. Em se tratando de atuação, sou apenas um amante da natureza, com
predileção a conjugar a questão ambiental com a espiritualidade. Eu não advogo
método algum, pois como disse cada um deve saber como agir. Embora seja contra
a violência como caminho de luta ambiental, entendo perfeitamente a dor que os
ecorradicais sentem e a opção por um caminho mais aguerrido. Eu já senti essa
raiva. O livro me livrou dela.
AmbienteMaiss: Em
certo sentido toda a civilização se encontra refém, consciente ou não, do
aspecto socioeconômico em torno dos combustíveis fósseis. Não somente o Oriente
Médio, mas países como a Brasil e Venezuela, citando como exemplos na América
do Sul, têm enorme potencial em petróleo, ao passo que se encontram, sob vieses
diversos, sacudidos por manifestações e distúrbios sociais. Como você tem visto
este quadro?
José Henrique Fardin: É a tensão natural que sempre existiu e
sempre existirá entre grupos de diferentes interesses. É possível prever um arrefecimento em face das
novas tecnologias. Mas sempre haverá esta batalha entre os que exploram a Terra
e os que apenas querem conviver com ela.
AmbienteMaiss: Embora o personagem Verde-Musgo
esteja situado no Rio de Janeiro, existe uma passagem do livro onde ele toma um
banho de esgoto no Guaíba. Na década de noventa o Pró-Guaíba previa, entre uma
série de programas de recuperação e conservação, obras de saneamento básico na
região hidrográfica de 86 mil quilômetros quadrados, nove bacias, cerca de 270
municípios e sete milhões de habitantes. Mas foi boicotado pelos sucessivos
governos e definitivamente suspenso ainda no primeiro módulo, apesar da
garantia de recursos. Hoje pagamos por isso. Atualmente o Projeto (PISA) da
prefeitura pretende ampliar de 27% para 77% o tratamento de esgoto na capital.
Mas parece um projeto isolado, sem levar em conta toda a região hidrográfica,
ao contrário do Pró-Guaíba. Como cidadão porto-alegrense como você analisa esta
situação?
José Henrique Fardin: Com
lamento, porque perdemos a maior preciosidade da cidade, porém com esperança
também porque sei que ainda nos banharemos no Guaíba do centro da cidade,
comeremos seu peixe e tomaremos da sua água sem qualquer filtragem.
AmbienteMaiss: Um dos
pontos altos do livro é o “refúgio” do personagem na Amazônia, para uma
“purificação” com a namorada Carolina. Você conhece de perto a questão
amazônica? Há o desmatamento por parte de madeireiras ou com fins
agropecuários, além de toda situação das demarcações de terras indígenas e da
extração de recursos pelo capital internacional. Qual a perspectiva, no seu
ponto de vista, sobre todas estas questões que envolvem este suposto “pulmão do
mundo” que é a Amazônia?
José Henrique Fardin: A
Amazônia é do mundo, logo é o mundo quem tem que tomar conta dela. Claro que
sob a gerência do governo brasileiro a partir de suas universidades,
coordenando as atividades e os interesses incidentes. Nosso país tem se
mostrado incompetente para conservar este patrimônio da Terra, da humanidade.
Somente um governo que realmente priorize a questão ambiental fará isso e,
quando isso acontecer, espero que ele seja forte o suficiente para saber
coordenar a ajuda internacional sem deixar de priorizar os benefícios que toda
a humanidade poderá ter com a exploração amorosa da Amazônia.
AmbienteMaiss: Um tema
que é tratado com certa frequência neste blog é a situação dos agrotóxicos.
Recentemente o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a suspensão do
registro de oito agrotóxicos até que haja uma reavaliação da toxidade pela
ANVISA. Comer sem veneno está cada vez mais complicado?
José Henrique Fardin: Pelo contrário, está cada vez mais
acessível. A busca pelos orgânicos tem aumentado muito, basta ver o sucesso das
feiras ecológicas. Até os grandes atacadistas estão adotando esta prática. É um
processo irreversível. Mas ainda é tudo muito incipiente. A tendência é
crescer, o que demandará, mais cedo ou mais tarde, de uma reestruturação nos
meios de produção de alimentos, priorizando os mini e pequenos produtores
agroecológicos.
AmbienteMaiss:
Finalmente, além de novas publicações, algum projeto na área ambiental?
José Henrique Fardin: Em breve, um livro contando uma experiência
muito significativa executando um projeto de administração de resíduos que eu
criei no tempo que morei na Índia, chamado de Green Compassion (Compaixão
Verde) num mega mosteiro budista com 600 monges. Uma aventura ecológica que eu
quero partilhar com os jovens de todas as idades, especialmente os escolares.
*O Autor advoga, palestra e escreve. Também é dele o romance A Compaixão pelo Rato - O Romance da Libertação do Tibete, publicado em 2008.
domingo, 25 de maio de 2014
DO CAMPO À MESA: UM TORTUOSO CAMINHO...
Em tempos de adulteração no leite, e antibiótico no vinho, os cuidados de sempre com a alimentação acabam redobrados. Adultos e crianças andam consumindo formol; água oxigenada; soda cáustica; amido; bicarbonato de sódio; ureia e sabe-se lá mais o quê misturado no leite. Apreciadores do “sacrossanto” vinho andam consumindo antibiótico sem receita. Não é preciso ser jurista para reconhecer como genocídio este tipo de crime. Estamos falando de misturas as quais não constam nos rótulos e embalagens.
Problemas na fiscalização? Cada vez mais há uma opinião corrente sobre a falta de segurança alimentar para os consumidores brasileiros. O canal Do Campo à Mesa produz vídeos e artigos esmiuçando os itens dos rótulos de alimentos, legislação e curiosidades, nem sempre agradáveis, mas bastante úteis sobre os produtos do supermercado. A jornalista Francine Lima, com êxito no Youtube, segue prestando um ótimo serviço público: http://canaldocampoamesa.com.br/
quinta-feira, 8 de maio de 2014
PLANO DE SUSTENTABILIDADE INDÍGENA (GRITO DA FLORESTA)
Está ocorrendo na Aldeia Passo Feio, em Nonoai (RS), o evento que pretende lançar a ideia de um Plano de Sustentabilidade Indígena. Entre 6 e 9 de maio líderes indígenas e entidades governamentais, capitaneados pelo Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI), debaterão um cronograma de demarcações de terras; recursos para agricultura; avanço do saneamento básico nas aldeias; cursos de qualificação e adequação dos programas de governo às particularidades de cada tribo.
Imagem de verdedentro.wordpress.com |
Desassistidos pela FUNAI, muitas aldeias plantam com agrotóxico, seguindo a cartilha da agricultura predatória; ou mesmo se vêem obrigados a arrendar as terras por falta de segurança e de recursos. O Plano de Sustentabilidade Indígena, portanto, pretende ser uma espécie de guarda-chuva para todas essas demandas.
Em cidades como Porto Alegre, ou em qualquer parte do Brasil, vemos a dificuldade destes povos originários, desassistidos pelo poder público, vítimas de uma série de preconceitos sociais, vivendo em grande parte precariamente do seu artesanato. Também chamado de Grito da Floresta, o evento representa, acima de tudo, o clamor destes povos por respeito e dignidade.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Documentário: Quem Matou o Carro Elétrico?
O EV1 deveria ser o primeiro veículo elétrico produzido em larga escala. Em 1996 a General Motors (GM) colocou o modelo em linha de teste nos estados americanos da Califórnia e Arizona, em contrato de “leasing” limitado por três anos. A partir de 1999, apesar da aprovação em massa por parte dos motoristas que o testaram a GM começou o recolhimento e destruição dos veículos interrompendo o projeto definitivamente e, causando uma grande indignação entre consumidores e ambientalistas. Em 2006 foi lançado o documentário Quem Matou o Carro Elétrico?
Assista ao vídeo na íntegra:
terça-feira, 22 de abril de 2014
CORREDOR PARQUE DO GASÔMETRO FINALMENTE APROVADO NA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
Desde
2009, quando houve a revisão do Plano Diretor e Desenvolvimento Urbano
Ambiental, está prevista a criação do Parque do Gasômetro. Em 2013 o projeto
foi protocolado na Câmara de Vereadores, pretendendo a delimitação física, e
qualificando essa região da cidade, preservando o seu patrimônio cultural.
Praça Julio Mesquita, Porto Alegre-RS - Foto de AmbienteMaiss |
A
área em questão abrange, além da Usina, a Praça Júlio Mesquita, o Museu do
Trabalho e seu entorno (a praça Brigadeiro Sampaio), e uma área delimitada pela
avenida Presidente João Goulart, avenida Loureiro da Silva, rua Vasco Alves,
rua Washington Luiz e rua General Salustiano, incluindo terreno da CEEE e do
município, em frente à Câmara, onde será a futura sede da Ospa.
Emendas
como o rebaixamento da Avenida Presidente João Goulart, e outras, foram
rejeitadas. A emenda do vereador Professor Garcia (PMDB) proibindo
estacionamento na Praça Júlio Mesquita, entretanto, foi aprovada. Também outra,
de Airton Ferronato (PSB), orientando uma solução urbanística de articulação
dos espaços do parque e fácil deslocamento para pedestres e deficientes
físicos, teve aprovação na Câmara. O próximo passo será a concepção do parque,
definindo-se o uso e as melhorias que serão realizadas no local.
sábado, 12 de abril de 2014
NEGADO PELA JUSTIÇA FEDERAL O PEDIDO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) DE SUSPENSÃO DE OITO AGROTÓXICOS
Foto de culturahd.com.br |
Se
for levado em conta o Programa de
Análise de Resíduos de Agrotóxicos da ANVISA, ainda não podemos estar
seguros em ralação aos danos à saúde pública. Isto porque itens básicos como o
arroz, a soja e o milho, por exemplo, ainda não são avaliados pela ANVISA em relação aos resíduos de
agrotóxicos.
Na
contramão do descaso e da irresponsabilidade pública o Ministério Público Federal
(MPF) solicitou a suspensão do registro de oito agrotóxicos até que haja uma
reavaliação da toxidade pela ANVISA. Conforme o procurador da República Anselmo
Henrique Cordeiro Lopes, o prazo da agência “já esgotou há muito tempo.”
Os
princípios ativos são: lactofem, forato, parationa metílica,
abamectina, paraquate, carbofurano, tiram e glifosato. Este último
presente em 98% da área de soja (4,7 milhões de hectares no ciclo 2012/13 do
Rio Grande do Sul), representante do modelo de agricultura predatória vigente
no país. Exceto o glifosato, todos os demais venenos já estão proibidos nos
Estados Unidos, na União Européia e na China. O que é bastante representativo
do risco à SEGURANÇA ALIMENTAR de
todos nós, consumidores brasileiros.
Muita
atenção, inclusive, para o PL 99/2013, de
autoria da deputada Marisa Formolo (PT), sobre a rotulagem na exposição de
produtos com agrotóxicos nas indústrias e supermercados. Este projeto de lei
segue trancado na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) devido a pressões
de entidades como Farsul, Fetag, Fecomércio e Fiergs. Outro ponto é o
contrabando de agrotóxicos ilegais, objeto de ação da Polícia Federal na
Operação Ceifa, em municípios gaúchos como: Guaíba, Santa Cruz do Sul,
Morrinhos do Sul, Bagé e Jaguarão.
Em
outra ação civil do MPF é solicitado que a CTNBio proíba a comercialização de
sementes transgênicas resistentes ao herbicida 2,4-D até posicionamento da ANVISA. Ainda conforme o procurador da
República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes: “O grande problema é que a
substância será utilizada de forma sinérgica com o glifosato sem que se tenha
analisado os riscos desta combinação”. Conforme especialistas, o 2,4-D é um dos componentes do agente laranja, utilizado como arma
biológica, no Vietnã, pelos Estados Unidos. E devidamente proibido na sua terra
natal.
Apesar
de tudo, o juiz Jamil Rosa, da 14ª Vara Federal de Brasília, afirma ser
“temerária a suspensão dos registros deferidos pelos órgãos e entidades
competentes na área de produtos agrotóxicos sem estudos técnicos conclusivos”. O
MPF pretende recorrer da decisão. O mérito da ação contra a União e o CTNBio
ainda não foi julgado. Segue a guerra de interesses e de laudos técnicos,
quando deveria haver consenso, em primeiro lugar, pela SEGURANÇA ALIMENTAR dos consumidores brasileiros.
Marcadores:
2,
4-D,
Abamectina,
Agente laranja,
ANVISA,
Carbofurano,
Forato,
Lactofem,
Ministério Público Federal (MPF),
Paraquate,
Parationa metílica,
PL 99/2013,
Segurança alimentar,
Tiram e Glifosato
quinta-feira, 27 de março de 2014
SEM CHANCE PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL (CAR)
Imgem de: https://www.senado.gov.br/ |
O
Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um levantamento de informações
georreferenciadas dos imóveis rurais. Dependem deste levantamento as
delimitações das Áreas de Proteção Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).
Sancionado
em 2012, parte do polêmico Código Florestal, o Cadastro Rural necessita de uma
estrutura de fiscalização cujas instruções estão ligadas diretamente à
presidente Dilma, que ainda nem sequer as editou.
Procuramos
entender o motivo de tamanho descaso e chegamos a seguinte conclusão: é o ano
da “Copa das Copas” e das eleições. As instruções estão mais para não acirrar
conflitos que possam prejudicar o bom desempenho eleitoral das últimas três
disputas pelo Planalto. E assim evitar mal-estares com a Bancada Ruralista que
está, em grande parte, na base aliada do governo petista.
Mais informações sobre APP's:
terça-feira, 25 de março de 2014
PONTOS DE COLETA DE LIXO ELETRÔNICO EM PORTO ALEGRE
Reproduzimos o material de
divulgação da Rede de Cooperação e Ecoprofetas a fim de facilitar o
recolhimento de lixo eletrônico como: pilhas e baterias, TVs e aparelhos de
som, celulares, computadores, impressoras e eletrodomésticos em geral.
Para os moradores de Porto
Alegre, alguns pontos de coleta:
- TUPÃBAE
– De segunda a sexta-feira das 9h às 16h30min na Avenida Voluntários da
Pátria, 905 – Centro
- ATECH
TECNOLOGIA
– Rua General Caldwell, 1132-B – Menino Deus de segunda a quinta-feira,
das 8h às 18h
- BRIQUE
DA REDENÇÃO - Sábados das 8h às 12h, na Feira Ecológica
- INSTITUTO
LEONARDO MURIALDO – Rua Vidal de Negreiros, 583 – Bairro São José de
segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
Maiores informações: www.redecooperação.com – fundsol@redecooperação.com – (51) 3061.1113 e (51) 8485-6773
Imagem de http://www.lacis.pro.br/ |
sábado, 22 de março de 2014
FUKUSHIMA: UM DESASTRE CONTINUADO
Imagens de www.revistaescola.abril.com.br e www.terra.com.br |
Dia
11 de março, no Japão, o protesto antinuclear convocado por uma plataforma de ONGs
e agrupamentos cívicos lembrou os três anos do acidente na Central de Fukushima,
provocado por um terremoto, causando mortes e consequências ambientais ainda
não completamente quantificadas. O protesto seguiu do parque Hibya até a sede
do Parlamento Japonês.
A crise está longe de ser resolvida, e países como Alemanha já reconheceram a aposta equivocada na geração de energia atômica. Desde o acidente em Fukushima, o país europeu já desativou 7 de suas usinas nucleares e aumentou a importação de gás dos russos.
Esta questão, certamente, interfere em
assuntos como as sanções que o Ocidente pretende impor à Rússia em relação à
crise da Ucrânia, por exemplo. Sendo 40% do gás da Alemanha fornecido pela
Rússia, parte de um comércio bilateral de cerca de US$ 106 bilhões, a retórica sobre
sanções dificilmente avançará um determinado limite, apesar do apelo da
comunidade internacional capitaneado pelos Estados Unidos.
Segue uma breve retrospectiva dos desdobramentos pouco divulgados de vazamentos de água radioativa somente entre final de 2013 e início deste ano.
Novembro de 2013
Na metade de novembro de 2013 foi noticiado um novo vazamento na central nuclear de Fukushima, com índice considerado elevado. A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que administra a central nuclear de Fukushima, anunciou que pretende demitir mil funcionários dentro de um programa voluntário para reduzir gastos, em troca de uma ajuda financeira adicional do governo.
19.11.2013
A Tepco anuncia que finalizou, sem incidentes, o segundo dia da retirada de combustível nuclear da piscina do reator
21.11.2013
Concluída a remoção dos primeiros bastões de combustível que estavam em um tanque de resfriamento de um reator danificado. A Tepco ainda terá de retirar outras 1,5 mil peças potencialmente danificadas.
Dezembro de 2013
Novo vazamento de 1,8 toneladas de água
radioativa é detectado em Fukushima, através de rachaduras nas barreiras que rodeiam
os tanques para armazenar líquido contaminado. A operadora (Tepco) acredita que
não há riscos de chegar ao oceano.
Janeiro de 2014
Uma equipe de cientistas nucleares do Japão pretende criar um derretimento controlado de um reator nuclear como forma de tentar aprender a lidar com futuros desastres como o de 2011.
A
Agencia de Energia Atômica do Japão declarou que está trabalhando em um projeto
usando uma versão em escala reduzida de um reator, e que criará,
deliberadamente, um mau funcionamento no mesmo centro de pesquisa, em Ibaraki,
ao norte de Tóquio.
Fevereiro de 2014
Outro vazamento de mais de cem toneladas de água radioativa em um tanque que, segundo a Tepco, não chegou ao mar. Mas como saber a verdadeira situação e quanta água radioativa pode estar escorrendo para o mar?
Março de 2014
Em meio aos protestos antinucleares, e após três anos do acidente, repórteres tiveram acesso ao local pela primeira vez, sem evidenciar qualquer tipo de progresso nas tarefas de controlar os danos causados. Nos arredores da Central Nuclear, ainda há uma área proibida ao público devido aos altos índices de radioatividade. Milhares de pessoas trabalham construindo tanques para proteger a água contaminada. Apesar disso, as dezenas de milhares de pessoas desalojadas de suas residências não têm notícias promissoras e é provável que jamais voltem para as suas casas.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
O PREÇO DA ENERGIA ELÉTRICA
Imagem de http://www.manews.com.br/ |
Mudança
de discurso: o ministro de Minas e Energia Édson Lobão, que no início de
fevereiro garantia risco “zero” em relação ao baixo nível de armazenamento em
muitos reservatórios do país, passou a defender, na metade do mês, a velha tese
de que o consumidor deve pagar (toda) a conta. Ele argumenta: “É claro que há
uma taxa mínima de risco, se as condições forem absolutamente adversas, se não
vierem chuvas.” Outro comentário do ministro: “Apagão é uma coisa,
desabastecimento é outra. Desabastecimento é o que esperamos que jamais ocorra no
país.” Nós também.
Mas
para não deixar a oportunidade em branco, entrou na pauta o déficit de R$ 5,6
bilhões da Conta do Desenvolvimento Energético (CDE), o fundo que abastece
programas sociais como a tarifa social de baixa renda e o programa Luz para
Todos. Se confrontado com os números do Impostômetro, o custo social não
deveria ser tratado como “rombo”. Nenhuma novidade.
Em
resumo, o consumidor, que após décadas pagando através de tributos específicos
o investimento em hidrelétricas, mesmo depois de quitados estes investimentos
(e sem receber o desconto equivalente), agora, provavelmente, terá de
desembolsar a mais algo em torno de 4,6%.
Em
momentos críticos (leia-se: verão) é curioso jamais entrar na pauta dos
discursos (oficiais) a inserção de energias limpas na matriz energética
nacional. Belo Monte, e demais hidrelétricas, ao contrário, são anunciadas como
sinônimo de pujança e desenvolvimento.
Mas
qual é o preço da energia elétrica?
Isso
depende, basicamente, das opções de investimento durante décadas. Nos
perguntamos: a inserção oficial (efetiva) de energias limpas na matriz
energética brasileira acarretaria em economia para o bolso do consumidor? Num
primeiro momento, talvez, com a propagação de sistemas de geração de energia
descentralizados. E em fornecimento de larga escala, também, em médio e longo
prazo, dependendo de uma série de fatores, entre os quais as conjunções
políticas e a voracidade dos “LOBOS” do setor.
Mas
nós continuamos, ao que parece, no século XX. Essa mudança, irremediável, segue
tratada como mera “perfumaria.” Coisa de um futuro distante. Parece cômodo,
prático, rentável. Basta acionar as termelétricas, de custo operacional ainda
mais elevado, e taxar os consumidores.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
BIOENERGIA: LIXO ORGÂNICO NÃO É REJEITO
Pesquisas
recentes apontam que a população dos ditos países emergentes está mais
preocupada e receptiva às ações do campo socioambiental do que a população dos
ditos países ricos.
O
contato mais “intenso” com a natureza e a carência de serviços essenciais como
saneamento básico, por exemplo, podem contribuir com essa percepção das
pessoas.
No
Brasil há um ciclo de carência e de projetos e investimentos em pelo menos
cinco eixos da sustentabilidade: mobilidade urbana, energia renovável,
agroecologia, água: saneamento e controle dos recursos hídricos, destinação
correta de lixo e reciclagem.
Apesar
do discurso “VERDE” ser bastante
utilizado no meio político e empresarial, ainda nos encontramos longe de ser
vanguarda na área do meio ambiente. Um exemplo disso é o destino dado a 97% do
lixo sólido orgânico urbano do Brasil: os LIXÕES
municipais; que aumentam a poluição do solo e dos lençóis freáticos, entre
outros impactos ambientais, e não contribuem, portanto, com a sustentabilidade
num setor que bem mereceria maiores investimentos do BNDES. Estamos entre as dez piores nações em destinação correta do
lixo e saneamento básico. Ainda precisamos fazer o dever de casa,
evidentemente.
Conforme
dados do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem) o Brasil recicla
apenas 3% do lixo sólido orgânico urbano. Importante lembrar que a (PNRS) Política Nacional de Resíduos
Sólidos, cujas diretrizes balizam os municípios nesta área, define REJEITO como os materiais em que a
possibilidade de reaproveitamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis estejam esgotados.
Vale
lembrar, também, que o prazo dado aos municípios pela PNRS para apresentação de proposta com um plano de ação para os ATERROS SANITÁRIOS se encerra em 2014.
Apesar disso, os municípios, em geral, ainda estão muito atrasados no
cumprimento desta primeira etapa, alegando falta de verbas.
BIOMASSA:
BIOENERGIA
Entre
as principais alternativas de geração de energia para os centros urbanos do
futuro está a chamada Bioenergia,
aproveitando o lixo seco (incineração: queima dos resíduos como madeira, papel,
etc.) e o lixo orgânico, composto basicamente por água, carbono e oxigênio. No
caso do lixo orgânico, para que seja aproveitado como energia, deve ser
submetido a altas temperaturas em equipamentos adequados.
Ressalva:
a geração de gases poluentes pela queima de lixo orgânico era até alguns anos
atrás, o principal impeditivo para o uso potencial, em larga escala, desta
tecnologia. Apesar disso, países como Alemanha, entre outros, já exigem, com
êxito, uma nova geração de biodigestores não poluentes, garantido a qualidade
dos gases emitidos
Foto de www.engdofuturo.com.br |
O Brasil, para a inclusão do biogás em sua
matriz energética, ainda precisa importar uma micro turbina que garante a
qualidade dos gases emitidos. Os aterros sanitários, nos quais diferente dos
lixões há um preparo do solo para evitar a contaminação do lençol freático e
dos demais recursos hídricos pelo chorume, também devem estar equipados,
conforme a (PNRS) Política Nacional de
Resíduos Sólidos, com os dispositivos não poluentes para queima de metano
para geração de energia. Outro benefício deste processo é o aproveitamento de
10% das cinzas (inertes) para asfalto ou matéria-prima para construção civil.
Lixo
orgânico não é rejeito: países da União Européia e Japão, por exemplo, já
transformam algo em torno de 50% do seu lixo orgânico em energia elétrica. Por
estas plagas, como já vimos, 97% desse tipo de lixo é encaminhado para os
poluentes lixões dos municípios, sem qualquer retorno socioambiental.
Concluímos,
portanto, que temos uma legislação razoável em muitas questões ambientais,
desde que ela seja aplicada. A sociedade civil como origem e fim do interesse público
no setor, deve informar-se e pressionar seus representantes pela expansão desta
e de outras matrizes energéticas renováveis (solar, eólica) sob pena de os APAGÕES virarem rotina, ao menos nos
próximos verões com pouca chuva e reservatórios das hidrelétricas (muito)
abaixo do nível.
Assinar:
Postagens (Atom)