13.11.2012
FALTA ATENÇÃO ÀS ENERGIAS RENOVÁVEIS
Segundo um relatório
elaborado por um grupo de organizações não governamentais que acompanham o
setor energético, o potencial produtivo do país tem sido negligenciado quando
se trata de energias solar e eólica. A conclusão está no estudo intitulado “O
setor elétrico brasileiro e a sustentabilidade”, divulgado nesta segunda-feira.
O texto assegura que, com as tecnologias avançadas atualmente disponíveis,
seria perfeitamente possível atender a 10% da atual demanda por energia, sendo
a captação para tanto realizada em menos de 5% da área urbana do país. O
potencial inexplorado da energia dos ventos é hoje de 300 gigawatts (GW), o que
equivale a três vezes a capacidade instalada atualmente.
Para o geógrafo Brent Millikanm, diretor de uma das ONGs envolvidas com a elaboração do levantamento, é preciso mudar as premissas atuais que orientam os investimentos, com critérios baseados apenas no Produto Interno Bruto (PIB). Ressaltou que deve-se considerar variáveis que englobem questões sociais e ambientais, além de direcionar investimentos para a inovação tecnológica e ampliar a escala de produção de energias alternativas, abrindo um leque que ultrapasse as fontes convencionais. Isso não significa, de forma alguma, abrir mão da eficiência, que é decisiva para aumentar a competitividade da indústria, sendo possível aliar qualidade e quantidade na produção industrial.
O Brasil gasta em torno de 7
bilhões de dólares com energias limpas por ano. No mundo, esse valor chega a
237 bilhões anuais, superando o montante alocado para a construção de novas
usinas movidas a combustíveis fósseis. Há
um espaço para que essas fontes não poluidoras possam, no futuro, vir a ser
opção real para fornecer a energia de que o planeta precisa sem que isso
implique um custo demasiado alto para a natureza. Para isso, é preciso que o
governo e iniciativa privada apostem na viabilidade dessas novas e
promissoras matrizes energéticas.
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