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Wetlands
(ecossistemas parcialmente ou totalmente inundados durante o ano) ou Zona de
Raízes são baseadas nos sistema dos pântanos, onde as plantas agem como
esponjas (retendo as impurezas) e injetando oxigênio no esgoto. O sistema,
porém, não dispensa o tratamento primário com fossas sépticas e são mais
adaptáveis às pequenas comunidades rurais ou urbanas e ecovilas de no máximo 2
mil habitantes.
Num
país como o Brasil, que prioriza estádios de futebol ao saneamento básico
universalizado (consequências: maiores gastos com saúde pública e baixa
qualidade de vida para a população, etc.), este tipo de iniciativa
descentralizada é bastante relevante. Além do mais, ao contrário das estruturas
de tratamento tradicionais que geram resíduos tóxicos e custos elevados, as wetlands
ou zona de raízes são uma excelente alternativa por diversos motivos.
Alguns
dos benefícios:
- Evita contaminação
do solo.
- Ausência de resíduos
tóxicos.
- As raízes eliminam o
mau cheiro.
- Baixo custo.
- Pouca manutenção
- Cada estação tem
vida útil de aproximadamente 40 anos.
- Estética visual –
paisagismo.
Como
acontece na Europa, onde o sistema é largamente difundido, alguns municípios
brasileiros merecem atenção dos demais. O destaque aqui vai para Nova Hartz e
Novo Hamburgo –RS.
Nova Hartz: com problemas estruturais de
saneamento básico comum a maioria dos municípios brasileiros (a Corsan trata
apenas 13% do esgoto gerado no município), Nova Hartz traz a experiência
descentralizada de tratamento de esgoto com filtro de raízes desde 2006. A escola José
Schmidt, no Arroio da Bica, recebeu o projeto piloto, e outros pontos
estratégicos vem sendo implantados de lá pra cá. O poder público local busca
incentivar mutirões para construção de “pequenos jardins filtrantes” nas
comunidades.
Novo Hamburgo: o município, em convênio
com a Feevale, a Comusa e a empresa espanhola
Macrofitas SL, testa o uso da tecnologia Hidrolution FMF (Filtro de Macrófitas
Flutuantes). A estação piloto fica no bairro Canudos e a tecnologia espanhola
em questão é diferenciada de outros tipos de tratamento de esgoto com raízes,
pois emprega balsas para promover a flotação das plantas. Typha dominguense
é a planta que se entrelaça formando o filtro suspenso que, através da
diferença de pressão isostática, faz chegar o oxigênio ao esgoto através das
folhas e raízes.
O município
de Novo Hamburgo, assim como Nova Hartz, pretende investir para expansão desta
tecnologia sustentável como forma de enfrentar os problemas estruturais de
tratamento de esgoto comuns aos municípios brasileiros.
Fonte: Arquivo AmbienteMaiss |
Parabéns pelo post! Desenvolvo um projeto de um parque para minha cidade, e o terreno é atravessado por um rio poluído por esgoto doméstico.. vocês sabem como adaptar oum sistema parecido com o de Nova Hartz? Obrigada! gabriela.tr.arq@gmail.com
ResponderExcluirOi Gabriela! Obrigado pela leitura do blog e siga nos acompanhando. Curta também nossa página no Facebook: www.facebook.com/AmbienteMaiss
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